quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quem foi Marília Sanchotene Felice?

Marília Sanchotene Felice é a Patrona do Instituto dos Meninos. Justa homenagem prestada à memória daquela que foi uma verdadeira missionária a serviço das humildes e principalmente na defesa das crianças carentes e abandonadas.
Nasceu na cidade de Uruguaiana, no dia 13 de março de 1908, filha de José Gabriel Sanchotene e Maria Cândida Bassuino Sanchotene. Casada com Pedro Nicolas Felice, companheiro constante em suas jornadas de peregrinação de amor ao próximo.
Aos oito Anos de idade ficou quase cega vendo-se compelida a deixar de estudar no 2º ano do 1º grau. A miopia avançada a acompanhou por toda a vida.
As lentes grossas de seus óculos, em compensação, ajudaram-lhe a ver mais longe as virtudes de seu próximo, as carências do ser humano e as belezas da vida, pelo seu trabalho e pela solidariedade.
Marília Sanchotene Felice exerceu expressiva liderança junto à comunidade uruguaianense, empreendeu-se integralmente na luta em prol da Promoção Social. Por longos anos presidiu a Associação de Damas de Caridade, coordenou também o Núcleo do FEBEM. Através do seu dinâmico trabalho, tornou-se realidade a construção de uma ala no Hospital da Santa Casa de Caridade destinada a Pediatria, que em sua homenagem levou o seu nome. Ainda foram construídas três salas no Presídio local para recolhimento de pessoas portadoras de doenças mentais. Colaborou para que o Posto Agro-Pastoril, que estava desativado, fosse transformado em um estabelecimento para abrigar menores carentes, denominado S.A.M.U. (Sociedade de Amparo ao Menor Uruguaianense), funcionando até 1966. A partir daí, por seu empenho, transformou-se no Centro de Atendimento ao Menor e Profissionalização Rural, mantido pela FEBEM.
Sua vida foi vivida plenamente com o intuito de servir. Sua alegria, seu vigor, sua doação e acima de tudo sua gloriosa e inesgotável fibra, levaram todas quantos conviviam com ela a admirar-lhe, pelo seu exemplo testemunhado cotidianamente em suas obras humanísticas.
Seu carinho, sua incansável dedicação e o seu vibrante otimismo transformaram seu viver na mais vela prova de amor de Deus aos homens. Durante toda a sua existência ela semeou o sublime ideal de fazer o vem. Provando-nos em cada ato que: “Tudo é possível quando se tem amor no coração”. Foi assim que inspirou a criação da Cidade dos Meninos, quando seu filho, Professor José Francisco Sanchotene Felice, presidia a FEBEM, fato acorrido em 14/08/1976. O mesmo herdando a características preciosas da mãe e principalmente devido ao seu elevado espírito humanitário, num ímpeto de amor, concretizou uma aspiração comunitária, que visou solucionar a problemática do menor desassistido, além de garantir continuidade ai trabalho embasado por ela.
A partir da inauguração da Instituição Marília Sanchotene Felice, era presença diária valorizando, incentivando e ofertando seus afetos aos alunos internos e funcionários, preocupando-se ainda em promover melhorias.
Mais tarde foi acometida de um grave problema de saúde, porém mesmo enferma, nunca deixou o desânimo inquietar-lhe nem a dor diminuiu a intensidade de seus propósitos. A emoção se fazia presente, quando ao visitá-la, constatávamos que lutava contra a doença a favor da vida que queria dedicar aos outros. A bondade, a fé e a esperança fluíam em suas palavras, um profundo e intenso sentimento fraterno emergia de seu nobre coração e o idealismo brilhava em seus olhos.
Com o tempo sua enfermidade agravou-se, vindo a falecer em 18 de fevereiro de 1970.
Para perpetuar a imagem luminosa desta líder insigne foi sugerida pela população uruguaianense que fosse acrescido “Marília Sanchotene Felice” ao nome da Instituição, como forma de gratidão e reconhecimento àquela cuja trajetória de luz irradiada ao longo de sua vida, continua viva e brilhante na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e por tudo que ela foi amá-la. Portanto “Marília Sanchotene Felice” é um nome gravado para sempre, é o exemplo de uma caminhada de Amor infinito a ser seguido, é a proteção que todos: alunos internos, educadores, crianças abandonadas, carentes, doentes, devem buscar nos momentos difíceis. Enfim: “Marília Sanchotene Felice” – Um dom de Deus ao mundo!

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